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Coleções

Coleção de Isoptera

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A coleção de Isoptera do Museu de Zoologia da USP (MZUSP) é considerada a mais importante do Brasil. Iniciada nos anos 40 com os esforços de Renato L. Araujo, falecido em 1978, desde então, continua crescendo, com os projetos da curadora, Dra. Eliana Marques Cancello e seus alunos, além da colaboração dos principais especialistas brasileiros e de alguns colegas de várias partes do mundo.

A coleção é uma das melhores do mundo quanto à representação da Região Neotropical, ainda que não seja a depositária da maior parte dos tipos das espécies neotropicais. Conta com amostras de todos os gêneros descritos dessa região, mais todos os da Paleártica e da Neártica, além de algum material das Regiões Oriental, Australiana e Etiópica. Todos os biomas brasileiros estão representados, porém de modo não uniforme.

O expressivo crescimento da coleção se deve também aos vários auxílios da FAPESP, sendo o mais importante o projeto do Programa Biota/Fapesp “Riqueza e Diversidade de Hymenoptera e Isoptera ao Longo de um Gradiente Latitudinal na Mata Atlântica” (1999-2005). Nos últimos anos, destacam-se ainda os levantamentos nas áreas das Usinas Hidroelétricas de (UHE) de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, na região do alto Rio Madeira, realizados entre 2010 e 2012, matéria de tese de doutorado de Tiago F. Carrijo e de dissertação de mestrado de Rafaella G. Santos. Destas localidades foram incluídas na coleção 6179 amostras,

Outro incremento recente para a reorganização da coleção foi a presença de bolsistas de aperfeiçoamento técnico de nível superior dentro do projeto “Contribuição à taxonomia de Termitidae (Insecta: Isoptera) e curadoria dos ortopteróides da coleção do Museu de Zoologia da USP (MZUSP)”, aprovado no Edital CNPq/Protax- Programa de Capacitação em Taxonomia (novembro de 2010 a nov. 2014, Proc. 562256/2010-5).

Os dados da coleção estão sendo incluídos num banco de dados informatizado- Specify- e até outubro de 2016, foram incluídos 17 081 registros. Os dados de campo, como por exemplo, anotações sobre locais de coletas, ou sobre os ninhos, inquilinos (outras espécies de cupins e/ou diversos artrópodes encontrados juntos no mesmo ninho), além de fotos também serão incluídos neste banco. Todo este esforço faz parte de um projeto em âmbito nacional, o Sistema Brasileiro de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (o SIBBR), que financia o pagamento de bolsistas e de equipamentos (computadores) para as tarefas de informatização de coleção.

A coleção conta com cerca de 26500 amostras tombadas. Neste acervo há 82 holótipos, um neótipo, três lotes de síntipos e 124 lotes de parátipos. Cerca de 5000 lotes aguardam registro para serem incluídos na coleção. A maioria das amostras é conservada em álcool 80%. Entretanto, já há uma razoável quantidade de material fixado em álcool 96%, propiciando estudos com dados moleculares que estão sendo realizados pela equipe deste laboratório.Acondicionada em armários compactadores, a coleção é mantida em ótimo estado de conservação, por técnicos da equipe do MZUSP, além de bolsistas, como os mencionados acima, que auxiliam nos serviços básicos de curadoria técnica, sempre com supervisão da curadora.

Há uma preocupação de ampliar a cobertura deste acervo com amostras de outras regiões do mundo.

Coleção de Phasmatodea:

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A coleção de Phasmatodea do MZUSP conta atualmente com 630 exemplares preservados em via seca, incluindo 8 holótipos, 4 síntipos e 2 parátipos. A coleção dispõe de representantes de todas as cinco famílias de bichos-paus que ocorrem no Brasil (Diapheromeridae, Heteronemiidae, Phasmatidae, Prisopodidae e Pseudophasmatidae), além da família Agathemeridae (restrita ao Chile, Argentina e Bolívia). Embora parte do acervo ainda careça de identificação a nível de gênero, nele estão representados ao menos 32 gêneros de Phasmatodea.

Além de ninfas e adultos, o acervo também conta com uma coleção de ovos, cuja preservação é importante para estudos taxonômicos em Phasmatodea. Atualmente, estão disponíveis 35 lotes de ovos, pertencentes a pelo menos 25 espécies distribuídas em 13 gêneros e 4 famílias.

A coleção de Phasmatodea foi recentemente organizada, e teve grande parte de seu acervo identificada a nível de gênero, como parte do projeto de doutorado de Pedro Ivo C. Machado, “Revisão taxonômica e análise filogenética de Paraphasma” (processo FAPESP 2015/08808-2). Além disso, a coleção vem sendo constantemente enriquecida como resultado de coletas realizadas no mesmo projeto.

Coleção de Mantodea:

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A coleção de Mantodea do MZUSP foi tema de uma publicação nossa.  Clicando no nome dos autores é possível baixar o artigo.

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